quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Diana de Bárbara

(Francois Clouet - O banho de Diana)

Diana é uma chama azul. Apesar do aspecto frio, é surpreendentemente quente. Essa dicotomia foi o que me chamou a atenção quando a conheci. De longe me surpreendeu a brancura da sua pele, um pouco mais de perto não pude deixar de reparar algumas veias verdes fininhas que subiam pelo seu colo. O aspecto era de uma pele fria e úmida, mas o toque no seu rosto quando fomos apresentadas era quente, muito quente mesmo. Achei até que ela estava febril. Não sei o que ela tem, mas a temperatura do seu corpo é mais alta que o normal. Em qualquer momento que você a tocar, sentirá a pele quente. Ela se diverte com isso, e me fala ao ouvido que sua temperatura interna é ainda maior, quando às vezes me pego colocando a mão em sua testa, para ver se está com febre.

Na mitologia, Diana é a deusa virgem da lua e da caça (http://pt.wikipedia.org/wiki/Diana_(mitologia)), para mim ela foi - e continua sendo - a desvendadora dos meus mistérios. Foi com ela que percebi a primeira vez quantas máscaras tenho sobre a minha verdadeira face, que hoje ainda não estou preparada para conhecer. "A verdade pode ser terrível, mas é sempre mais bela", ela fala, em algumas ocasiões em que tento me esconder.

É uma mulher muito feminina, de longos cabelos castanhos e que adora vestir branco. Tem voz doce e às vezes meio cantada e arrastada, deixando clara as suas raízes alagoanas. Nos conhecemos em uma boate, apresentadas por amigos em comum alguns anos atrás. Ela me causou forte impressão, pelo que já falei antes, mas não tivemos oportunidade de conversar. Acabei indo embora um pouco depois, talvez porque estivesse bêbada. Eu odeio me embebedar, mas naquela época eu estava passando por uma desilusão amorosa, e nesses momentos qualquer pessoa acaba passando dos limites.

A amizade entre a gente só começou tempos depois. Uma mudança de emprego a fez trabalhar próximo ao meu escritório, e um dia eu estava almoçando sozinha num restaurante próximo, quando ela chegou e perguntou se podia se sentar na mesma mesa. Então passamos a nos encontrar freqüentemente na hora do almoço. E depois em outros horários e nos finais de semana. Ela se tornou minha confidente e me aconselhava a superar a separação

2 comentários:

Anônimo disse...

As mulheres devem ser sempre femininas, mesmo que sejam homossexuais. Não suporto mulheres que vestem roupas largas e coçam o "saco" e mantém o cabelo curtinho só para parecer com homens. Também sou lésbica, e toda semana vou ao cabeleleiro e adoro usar vestido. As pessoas mais chegadas sabem da minha opção sexual, mas muita gente nem imagina que eu gosto de meninas.
Ana Carolina - Santo André/SP

Léo Villanova disse...

Espero que pra você Alagoas deixe de ser um paraíso apenas visto ao longe e venha te revelar o encanto de Lesbos nessa tua viagem de libertação.

Abraços