segunda-feira, 30 de março de 2009

Outro toque íntimo

As lembranças que me vieram à cabeça a partir do que escrevi no último post me deixaram acesa. Fui tomar um longo banho frio, não para apagar o "fogo", mas para refrescar mesmo e porque esse ritual faz com que me sinta bonita.

Pego meus "apetrechos" e levo para a cama. Escolho um CD da Nina Simone e ligo o som baixinho. Fecho a cortina e tiro o roupão. Escolho um hidratante bem cremoso, que faz minhas mãos escorregarem pelo corpo. Começo pelas pernas, bumbum, barriga e dou atenção especial aos seios, deixando meus mamilos entumescidos. De olhos fechados, Nina parece estar cantando "I loves you Porgy" ao meu ouvido.

I loves you Porgy
don't let him take me
don't let him handle me
and drive me mad
If you can keep me
I wants to stay here
with you forever
and I'll be glad

I loves you Porgy
don't let him take me
don't let him handle me
with his hot hand
If you can keep me
I wants to stay here
with you forever
I got my man

Não imagino nem penso em nada enquanto me toco. Sou apenas pele e arrepio.

Deitada na cama, minhas mãos continuam acariciando os seios, ora de leve, ora com mais força e torcendo delicadamente os mamilos. Entre as pernas, eu já sinto que um pouco de mel escorre entre as minhas coxas. Pressiono e esfrego as coxas uma contra a outr até ficar completamente molhada. Coloco os dedos na boceta e depois lambo para sentir meu próprio gosto. Começo a friccionar os dedos vagarosamente no clitóris, alternandos movimentos circulares e de um lado para outro. Gradualmente o ritmo do movimento vai aumentando até que sinto ondas dentro de mim me inundando de prazer.

Mantenho a mão no clitóris e dentro de mim ainda sinto o pulsar do orgasmo. Enfio o dedo médio dentro da boceta e começo os movimentos de vai e vem. Enfio mais um, e outro e ainda outro, até me sentir completamente preenchida. Pego o vibrador, que tem um coelhinho na base e começo a me penetrar. Viro de costas, como se estivesse sendo comida por trás e com o coelhinho apontando para meu cu.

Com a potência máxima do vibrador, enfio tudo e esfrego rapidamente os dedos no grelo. Dessa vez o gozo é mais selvagem, não consigo controlar os gemidos e depois fico com as pernas moles. Permaneço deitada na cama, ainda escutando Nina, e adormeço nua.

domingo, 29 de março de 2009

Toque íntimo


Antes de crises de consciência, eu passei bons momentos com T. Quem acompanha o blog há algum tempo ou leu os posts anteriores conhece um pouco de minha história com ele, que aconteceu bem antes de eu ultrapassar os portais para lesbos e que foi determinante para a minha vinda de Natal para Maceió. Apesar do sentimento de culpa que aconteceu depois que conheci a esposa e filho dele - desde o começo eu sabia que ele era casado e no começo eu não sentia remorso algum por isso, acho que por não ter noção de que eu podia destruir uma família apenas para extravazar meu tesão - vivemos dias tórridos.

Agora sozinha em meu quarto, é a lembrança desses momentos que evoco enquanto me masturbo. Na última vez que nos encontramos, quando eu estava passando férias em Natal no começo do ano, ele quis um revival do tempo em que éramos amantes. Ele disse que não me esqueceria jamais porque "ninguém havia o tocado tão intimamente" quanto eu. Eu resisti à tentação, mas mesmo assim Diana ficou com ciúmes. Mas agora posso falar sobre ele.

Tudo começou meio sem querer numa vez que fomos a um motel. Ele estava deitado de barriga para cima na beira da cama. Eu estava de joelhos no chão e fazia um boquete bem molhado. Enquanto batia uma punheta, sugava as bolas, uma de cada vez. Dei uma lambida do saco até o cacete, e T. soltou um gemido abafado. Continuei lambendo o saco, e cada vez que eu começava a lamber mais embaixo, percebia pelos gemidos que ele estava gostando mais, até que cheguei àquela região entre o saco e o ânus.

- O que você está querendo aí? - Ele levantou de repente e perguntou.

Ora, eu estava apenas seguindo o caminho do prazer dele, eu expliquei.

- Mas eu não sou veado não, tá me entendendo?

Diante da exaltação do rapaz pretendia deixar aquelas carícias para lá e continuamos a transar, mas ele não sabia o que tinha me provocado. Na vez seguinte que ficamos juntos, recomecei o jogo, lando longas lambidas do saco até o cacete. Ele entendeu o recado.

- O que você quer exatamente?

- Te fazer gemer - respondi.

- Lá?

- Por que não? Você já fez isso antes?

- Não! Claro que não!

- Então como pode saber se é ruim ou bom?

- Sei porque não sou veado.

- Mas isso não faz de você um veado... está bem então, se você não quer, então não vai rolar.

- Peraí, tudo bem. Mas se eu não gostar, você para, tá?

Voltei ao cacete dele, sem responder. Com a boca, acompanhava o movimento de vai e vem da punheta que batia. Percebi que ele estava ansioso para eu lamber o cuzinho dele, mas continuei o boquete. Fiquei passando a língua no saco e na virilha, enquanto sorria perversamente. Ele estava deitado, mas com as pernas para fora da cama. Ajoelhada no chão, eu tinha na minha frente toda a região do cu ao cacete. Depois de enfiar meus próprios dedos na boca e deixar a mão bem salivada, comecei a bater uma punheta devagarinho, enquanto lambia o saco. A cada lambida, eu começava mais embaixo, até que cheguei perto da abertura do cu. Ele já estava completamente entregue às minhas carícias.

Daí levantei a cabeça e perguntei se ele queria que eu parasse. Ele respondeu empurrando a minha cabeça entre suas pernas. Abri um pouco a bunda dele e visualizei o buraquinho. Comecei a movimentar a minha língua ao redor das preguinhas, e T. respondia ao toque gemendo alto. Eu continuava batendo punheta até que enfiei a língua dentro do cu dele. T. estremeceu e eu, de tanto tesão, já encharcava as pernas. Enquanto uma das minhas mão continuava a punheta, com a outra comecei a bater uma siririca até que gozamos praticamente juntos.

Depois que acabou, ele ainda chegou a dizer que não queria mais, que aquilo não estava "certo". Eu não queria ferir a masculinidade de T., então concordei, apesar de ter deixado bem claro o quanto gostei do cuzinho dele. Como ele também gostou, então tudo se repetiu na vez seguinte, e na outra, e na outra...

Só de escrever tudo isso e de lembrar como fomos evoluindo das linguadas até eu fodê-lo com um vibrador, está me deixando molhada de novo. Acho que vou parar de escrever um pouquinho e já volto.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Presente para mim



Ganhei um presente magnífico hoje. De tanto trabalhar durante a semana, terminei as tarefas mais cedo hoje. Cheguei em casa com o dia claro ainda e quando olhei pela janela, recebi um convite irresistível. Desci para o calçadão e fiquei absorvida pelas cores do entardecer. Sentei no chão e esfreguei meus pés na areia, apreciando uma das maiores obras da natureza. As nuvens imitavam o mar formando cascatas no céu, e o mar reluzia prateado ante os últimos raios de sol.

Meus olhos se fecharam para algumas pessoas que passaram na minha frente e meus ouvidos não escutavam o barulho do trânsito na avenida atrás de mim. Havia somente o céu, o mar, e eu. Dentro de mim, a paz veio em ondas mansas, que uma após outra, foram enchendo o vazio de serenidade e sossego. Fiquei sentada na areia até o céu não conseguir enxergar a linha do horizonte, devido à escuridão.

Sou outra pessoa agora.




PS: Tem uma foto no blog do Léo Villanova (www.leovillanovablog.blogspot.com) nomeada Hora de voltar para casa - Pontal de Coruripe que eu queria ter colocado aqui, mas como podia demorar até eu mandar e-mail e ele responder se autorizava eu colocar essa foto dele aqui, resolvi botar essa imagem que achei no "santo" google, que não sei de onde é e nem é tão boa quanto a dele...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Eu podia estar choramingando pelos cantos, mas sejamos francos, o que podia ser melhor que um pé na bunda para fazer a gente mudar de hábitos? Entrei na academia e estou pensando em pintar os cabelos numa tonalidade de vermelho. Passei uns dias me sentindo pior que lixo logo no começo, mas aí ontem, na volta de uma caminhada pelo calçadão, resolvi parar numa padaria antes de voltar para casa. Eu estava desarrumada, com uma camisetona, cabelos presos e um pouco suada, mas teve um cara que ficou me paquerando.

Quando eu percebi que ele estava me olhando, antes de levar as compras para casa, resolvi tomar um suco. Acho que ele entendeu e se aproximou de mim, com a desculpa de que as outras mesas estavam ocupadas. Ele viu que eu também carregava uma revista e a partir daí puxou assunto, e ficamos um tempo de papo. Daí meu telefone tocou e eu usei isso como pretexto para ir embora. Ele pediu o número do meu telefone, mas eu não dei, então ele me passou o dele, que está escrito no canto da revista que eu havia comprado, mesmo assim eu não vou ligar. Esse cara não imagina o bem que ele me fez, mas nem passa pela minha cabeça me envolver com outra pessoa agora, seja mulher ou homem.

O número do telefone dele continua comigo, às vezes dá vontade de ligar só para agradecer por ter levantado minha auto-estima.

Como vocês puderam ver desde o domingo, o blog está um pouco diferente. Gostei desse layout quase branco, remete à alegria e serenidade, coisas que quero para a minha vida agora. Não sei se Bárbara na Ilha de Lesbos continua a ser um nome apropriado, mas pelo menos por enquanto, é assim que vai continuar (... mas aceito sugestões). Não sei se os relatos picantes irão continuar (embora eu tenha vivido muita coisa). Mas eu continuo aqui, isso eu garanto.

Em alguns dias, espero ter mais novidades.

terça-feira, 17 de março de 2009

Juntando os caquinhos

(Betsy Cameron - Há sempre um amanhã)

Estou despedaçada. Comecei a juntar meus caquinhos, mas não tenho certeza ainda se vou conseguir juntar todos os pedacinhos de meu coração de novo. "Eu preciso aprender a ser só", repito isso para mim a toda hora, mas essa é uma lição dura de aprender.

Todo mundo já passou por isso - e para mim não é a primeira vez - mas às vezes tenho a sensação de que esse vazio não vai acabar nunca. Diana não está mais comigo. Tudo agora é silêncio fora e dentro de mim. De tanto chorar, meu pranto agora é sem lágrimas, e minha alma está de luto, porque um pedaço de mim morreu. Precisei ficar afastada do blog para não deixar que a angústia ou o ódio tomassem conta de minhas palavras. Era possível que escrevesse coisas das quais me arrependesse depois, por isso preferi o silêncio.

Continuo ainda muito triste, mas tenho convicção de que a separação foi o melhor para nós duas. Apesar de ter evitado demonstrar e até mesmo pensar sobre isso, a relação entre nós duas já não vinha equilibrada há muito tempo. E a culpa por isso não era dela não, foi minha mesmo. Na minha visão, um relacionamento equilibrado é um exercício de concessão e compensação. Ou seja, na hora de tomar decisões, em que ambos tem opiniões diferentes, um precisa ceder à vontade do outro, mas será compensado mais tarde, em outra ocasião. Só que eu sempre cedia a tudo, e nunca era compensada por isso.

O resultado é que pequenos gestos de indiferença ou falta de atenção no dia-a-dia acabaram desgastando o laço que nos unia. Um dia, o encontro para almoçar não dá certo porque perdeu tempo batendo papo com um colega do trabalho, outro, "esquece" que havíamos combinado cinema e aceita convite para sair com o pessoal, um pouco depois durante uma conversa, percebo que está voando sem prestar atenção em mim. Isso só para citar alguns exemplos. Por muito tempo, eu relevei tudo isso já que na horizontal, nossos corpos estavam em sintonia, mas depois eu percebi que nossas almas não estavam.

E se tem uma coisa que eu não abro mão é de receber carinho na mesma proporção que concedo. Não aceito menos amor do que eu consigo dar. Compreendo que as pessoas tem maneiras diferentes de expressar os sentimentos, eu sou uma pessoa contida em público, mesmo assim Diana nunca deixou de ser o centro de minhas atenções onde quer que eu estivesse, embora eu fosse apenas um coadjuvante. Em vez de companheiras, a sensação é de que havíamos nos tornado mãe (eu) e filha (ela). Eu estava sempre cuidando das coisas para o bem-estar, mas quando precisei de ajuda, não a tive.

Por fim, houve uma conversa franca, muitas lágrimas de ambas as partes e a constatação de que era melhor dar um tempo, ou terminar, que é a mesma coisa. Então vieram brigas ao telefone e pessoalmente, e eu saí de casa quando ela veio buscar as coisas dela. Depois deixei com o porteiro e mandei mensagem para o celular para ela vir buscar na portaria o resto das coisas, porque ela teve a infantilidade de deixar todas as coisas que dei de presente para ela no período que ficamos juntas.

Isso já faz uns dias e não nos falamos mais. Esse é o final (infeliz) da minha história com Diana. Passei alguns dias achando que seria o final da minha vida também - eu tenho o defeito de ser trágica - mas hoje, mesmo ainda muito triste, vejo que só há uma alternativa, continuar vivendo, que com o tempo se encarregará de curar as feridas que restam, como já fez outras vezes em minha vida.

Quero agradecer a todos que apareceram por aqui durante esses dias e deixaram palavras de carinho. Nas horas mais difíceis é bom perceber que algumas pessoas se preocupam comigo. Obrigada a todos pelas palavras de força e incentivo. Quando eu era criança e no meio de uma brincadeira eu acabava caindo no chão, ouvia de minha mãe: "é para crescer". Isso sempre me consolava e me consola até hoje.

Minha jornada continua. Foi apenas um capítulo que acabou.

domingo, 8 de março de 2009


PRECISO APRENDER A SER SÓ

Composição: Marcos Valle/Paulo Sergio Valle

Ah, se eu te pudesse fazer entender
Sem teu amor eu não posso viver
E sem nós dois o que resta sou eu
Eu assim tão só

E eu preciso aprender a ser só

Poder dormir sem sentir teu calor
E ver que foi só um sonho e passou

Ah, o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem

É tão triste, vê

Meus olhos choram a falta dos teus
Esses olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor

segunda-feira, 2 de março de 2009

Ainda estou por aqui

Desculpem-me a falta de notícias, de uns dias pra cá não estou muito bem. Os problemas externos são pequenos diante dos conflitos internos pelos quais estou passando atualmente. São coisas que talvez eu conte aqui depois, mas por hora eu preciso organizar meus pensamentos, organizar minha vida.

Não sei quanto tempo vou ficar longe, se será por uma semana ou mais (eu espero que menos). Só queria prestar uma satisfação a todos vocês, importantes amigos que fiz nesse meu início de jornada.

Não esqueçam de mim, que não esquecerei de vocês.

Beijos