segunda-feira, 23 de março de 2009

Eu podia estar choramingando pelos cantos, mas sejamos francos, o que podia ser melhor que um pé na bunda para fazer a gente mudar de hábitos? Entrei na academia e estou pensando em pintar os cabelos numa tonalidade de vermelho. Passei uns dias me sentindo pior que lixo logo no começo, mas aí ontem, na volta de uma caminhada pelo calçadão, resolvi parar numa padaria antes de voltar para casa. Eu estava desarrumada, com uma camisetona, cabelos presos e um pouco suada, mas teve um cara que ficou me paquerando.

Quando eu percebi que ele estava me olhando, antes de levar as compras para casa, resolvi tomar um suco. Acho que ele entendeu e se aproximou de mim, com a desculpa de que as outras mesas estavam ocupadas. Ele viu que eu também carregava uma revista e a partir daí puxou assunto, e ficamos um tempo de papo. Daí meu telefone tocou e eu usei isso como pretexto para ir embora. Ele pediu o número do meu telefone, mas eu não dei, então ele me passou o dele, que está escrito no canto da revista que eu havia comprado, mesmo assim eu não vou ligar. Esse cara não imagina o bem que ele me fez, mas nem passa pela minha cabeça me envolver com outra pessoa agora, seja mulher ou homem.

O número do telefone dele continua comigo, às vezes dá vontade de ligar só para agradecer por ter levantado minha auto-estima.

Como vocês puderam ver desde o domingo, o blog está um pouco diferente. Gostei desse layout quase branco, remete à alegria e serenidade, coisas que quero para a minha vida agora. Não sei se Bárbara na Ilha de Lesbos continua a ser um nome apropriado, mas pelo menos por enquanto, é assim que vai continuar (... mas aceito sugestões). Não sei se os relatos picantes irão continuar (embora eu tenha vivido muita coisa). Mas eu continuo aqui, isso eu garanto.

Em alguns dias, espero ter mais novidades.

4 comentários:

Anônimo disse...

Tomara que você se mantenha pensando assim. Complicado tomar um pé na bunda e absorver sem muitos traumas.

Abraços,

Enfil

Anônimo disse...

Ah Bárbara, que história levemente adocicada. Acredito que estamos em situação semelhante e este é o ponto em que precisamos reavaliar todas as coisas, hábitos, sentimentos, novos relacionamentos. Agora a pouco, saindo do cinema, caminhei pela Paulista e me dei conta que havia um espaço entre dois prédios que eu costumava ficar na época de colégio, sempre sozinho e pensando. Lembrei que aquilo não me incomodava e que hoje, o mínimo que fico sozinho é pretexto para ficar triste. Me dei conta, hoje, que eu estou ficando um adulto problemático e medroso. Passei naquele mesmo lugar, os bancos continuam no mesmo lugar, o chafariz continua jorrando a água para cima, dia após dia, nada mudou e agora quero resgatar o meu estado leve e tranquilo que um dia deixei pra trás...
Como é bom olhar pra si mesmo, é o único momento que nos damos conta das coisas que ficaram pra trás.
Hummm, quanto o cara, deixa o tempo passar e depois você liga, se ele lembrar de você, daí sim, é uma dessas pessoas que dá pra acreditar que vale a pena.

Adorei seu blog, suas palavras....

Bárbara disse...

E então Chevalier, apesar de decidida a não me entregar ao sofrimento, ainda tenho muito medo dos momentos a sós comigo mesma, assim como você. Eu lembro de um tempo em que eu gostava do silêncio de minha casa depois que chegava do trabalho.

Obrigada pelo conselho, mas eu não penso em procurar Diana. A história que havia entre nós duas chegou ao The End.

Anônimo disse...

Barbinha, muito bom ver você assim, se recompondo, o tempo é o melhor remédio. Sobre você ser paquerada, ah Barbinha, você é uma mulher incrível... sua alto estima está lhe pregando uma peça.
Beijos