quinta-feira, 28 de maio de 2009

Centelhas


Eu tinha razão, mesmo sem deixar rastros, Diana sempre esteve por aqui. Depois que ela leu a verdade sobre as almofadas, resolveu me telefonar. Ficou chateada e disse que aquilo era a "gota d'água" e que sempre detestou a minha mania de ficar "imaginando coisas" por trás dos seus gestos. Ela despejou isso e mais um monte de coisas ao telefone, sem me dar chances para me explicar. Pedi para conversar com calma e como ela está viajando à trabalho, marcamos de nos ver no final de semana. Apesar da voz contrariada dela, passei o dia inteiro com um sorriso por dentro.

Lembrei agora de uma briga que a gente teve muito tempo atrás, antes mesmo de a gente morar juntas. Diana nunca se conformou por eu não ter "saído do armário" e ficava muito chateada porque eu evitava seus afagos em público. Para ela, eu devia admitir para todo mundo que sou lésbica e tapar os ouvidos para o preconceito. Só que isso não é tão fácil assim. A gente saiu uma noite e ela ficou de pilequinho (eu sempre quis escrever de pilequinho, como Dalton Trevisan em "A Polaquinha") e queria ficar me beijando na frente de todo mundo, por isso eu quis voltar para casa mais cedo.

Chamei-a num canto para conversar e ela disse que se eu quisesse, que voltasse para casa sozinha, e assim eu fiz. No dia seguinte, ela chegou cedinho no apartamento, ainda furiosa comigo e dizendo que nem aproveitou o resto da noite nem conseguiu dormir depois disso. Como eu havia dormido nua, estava toda embrulhada no lençol enquanto ela brigava comigo, e estava agoniada porque sempre que saio da cama, meu destino sempre é o banheiro para fazer xixi.

- Espere aí que eu volto já - eu disse.

- Vai aonde? - disse, puxando o lençol e me deixando nua no meio da sala.

Antes que eu pudesse me responder, ela me agarrou.

Enquanto sua língua penetrava na minha, me empurrava até a parede. Usou o joelho para separar as minhas pernas, enquanto segurava meu cabelo e forçava a minha cabeça para trás. Ela começou a morder meu pescoço e tudo que eu conseguia fazer era roçar minha boceta na calça jeans que ela continuava vestindo. Enquanto sugava meus mamilos, pressionou suas unhas compridas contra minha bunda.

Aqueles toques rudes me machucavam um pouco, mas o tesão era incontrolável. Poucas vezes me senti assim em toda a minha vida. Eu já estava completamente molhada sem sequer tocar o clitóris. A cada vez que ela arranhava a minha bunda, chegava mais perto do meu cu. Até que enfim ela enfiou o dedo lá dentro. Aí realmente doeu porque não havia lubrificação, e então passou a me bater uma siririca. Diana, que ainda estava completamente vestida, queria me castigar... pelas minhas expressões, ela percebia quando meu orgasmo estava se aproximando, então parava de friccionar os dedos no meu clitóris e enfiava no meu cu, além de amassar meus peitos com a outra mão.

Chegou um momento que eu não estava me aguentando mais e acabei gozando com um dedo enfiado no cu. Gozei tanto que cheguei a molhar um pouco a calça que ela vestia - achei que era um pouco de xixi e fiquei sem graça na hora, mas Diana achava que eu havia ejaculado! até hoje eu tenho minhas dúvidas - mas pelo menos isso serviu de pretexto para eu tirar a roupa dela.

Ela deitou no chão, levantou os quadris e eu comecei a lhe fazer sexo oral. Comecei de cima para baixo, com as costas da língua e cheirando seus ralos pêlos pubianos que começavam a nascer. É gostoso o cheiro que sai quando a boceta começa a molhar. Eu tratei de deixá-la ainda mais molhada, sugando os grandes e pequenos lábios ora juntos, ora separado. Beijei, como se fosse uma boca e então Diana resolveu mudar de posição. Eu fiquei deitada no chão, e ela de quatro em cima de mim. Sentou esfregando a boceta em minha cara enquanto voltava friccionar meu clitoris. Botei a língua para fora o máximo que pude, enquanto ela pulava como se estivesse sobre um pau.

Não demorou muito tempo até que ela gozasse e então deitou sobre meu corpo, abraçando as minhas pernas estendidas. Depois de recobrar o fôlego, levantou só um pouco e começou a lamber minha virilha. Eu tentava abrir as pernas, mas ela continuava segurando-as juntas e estendidas no chão enquanto desenhava minha virilha com a língua enquanto eu me debatia de prazer e tentava me desvencilhar.

Quando por fim ela me soltou, foi para sentar diante de mim, colocando as suas pernas entre as minhas e encostando sua virilha na minha. À medida que movíamos os quadris, nossos clitoris eram friccionados. Nossos sucos se misturaram e quando comecei a gozar não sabia se o que estava me dando mais prazer era meu próprio orgasmo ou se era o de Diana que gozava também.

Nem preciso dizer que depois não havia sobrado mais nenhuma raiva, não é? kkkkkkk

* * *

Nossa, depois de relembrar tudo isso tive que dar uma parada para "render uma homenagem" aos bons e velhos tempos. Espero e vou fazer de tudo para que eles retornem (viu Diana?), porque tão ou mais gostoso do que nossas transas era dormir abraçada e acordar no outro dia ao seu lado. Acho que merecemos uma nova chance.

domingo, 24 de maio de 2009

Sobre encontros inesperados e almofadas


(Gustav Klint - Woman friends)

Mesmo contra a minha vontade, logo vários amigo ficaram sabendo que eu estava doente. Eu sempre gostei de receber bem as pessoas no meu canto, com o ambiente bem iluminado e levemente perfumado, as coisas em ordem (não arrumadas porque nunca nunca consegui deixar o apartamento totalmente arrumado), as janelas abertas e aperitivos. Mas nos primeiros dias, eu não tinha forças pouca coisa além de ficar zapeando pelos canais da TV.

Minha mãe ainda ficou uma semana cuidando de mim e fez um bolo que lá no RN é chamado de cocada baiana, porque mais grossa que a camada do bolo é a cobertura que é feita de cocada molinha, com raspas grossas de coco (meus olhos reviram só de lembrar!), que fez sucesso entre quem apareceu lá em casa, entre elas uma visita inesperada: Diana.

Foi estranho tanto para mim quanto para ela estar lá em casa novamente. Percebi que ela observou s móveis mudados de lugar e a ausência das almofadas vermelhas, em forma de rosas, que ela havia me dado, e que não estavam mais no sofá da sala. Para mim, a sensação era de que já fazia tanto tempo que ela esteve aqui pela última vez, que parecia até que o nosso rompimento não passava de um sonho. Eu não sentia mais raiva ou remorso, mas também não era a mesma pessoa que havia convivido com ela.

Diana me tocou com suas mãos frias e o beijo que me deu no rosto durou um milésimo de segundo a mais do que um simples cumprimento amistoso. Fiquei um pouco apreensiva no começo – minha mãe nunca soube que eu namorei outra mulher – mas Diana tratou de deixar o clima ameno. Até que no meio da conversa perguntou pelas almofadas que havia me dado de presente, mas antes que eu falasse qualquer coisa, minha mãe respondeu.

- Aquelas almofadas lindas? Lavei, porque estavam com cheiro de mofo. Elas estão penduradas para secar.

Na hora, o rosto de Diana se iluminou. Adivinhei que ela estava pensando que eu havia me livrado das almofadas e ficou feliz quando soube que eu as tenho. Mas o que ela não sabia, e vai ficar sabendo agora, porque Diana é a única pessoa que conhece (ou melhor, tem certeza) da real identidade dessa pessoa que vos fala (tem muita gente que acha que conhece, e até que pensam que sou homem, rsrsrsrs). Bem, o que ela vai ficar sabendo agora é que o presente que me deu tava mofando no fundo do guarda-roupa e foi idéia da minha mãe resgatá-lo de lá. Eu havia guardado porque queria afastar de mim qualquer objeto que me lembrasse ela. Mas isso já passou.

Por um momento, minha mãe nos deixou sozinhas, enquanto atendia um telefonema do meu pai no outro quarto. Ela segurou minhas mãos entre as dela e pensei que ela fosse falar alguma coisa, pensei que eu fosse falar alguma coisa, mas ficamos em silêncio, até que ouvimos os passos da minha mãe retornando. Então tive certeza, algumas coisas não acabaram.

* * *

Não sei se devia estar falando essas coisas porque, como já disse, Diana pode ler isso aqui. Pode ser que esses pequenos sinais que percebi não signifiquem nada, pode ser que ela fique chateada por saber que o retorno das almofadas para o sofá foi obra de minha mãe. Já faz mais de uma semana que isso tudo aconteceu e não nos falamos mais, desde então. Mas eu espero que uma pequena centelha do que já passamos permaneça viva nela, porque em mim ainda existe. É isso que estou sentindo agora.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Recuperação

(Lord Frederick Leighton -Flaming June)

Bem, antes de qualquer coisa quero agradecer a todas as palavras de melhoras e encorajamento que recebi nessas semanas de ausência. Fiquei feliz de receber tanto carinho e atenção (dá até vontade de ficar doente de mentirinha, só para continuar sendo paparicada, rsrsrs).

Mas falando sério porque estresse não é brincadeira não. Fazia tempo que eu vinha sentindo esgotamento físico, só que eu não dava atenção para o que estava acontecendo comigo. No meio do expediente do trabalho vinha aquele cansaço tremendo que só de ver a pilha de coisas para fazer eu tinha vontade de chorar. Aí eu tomava um energético e conseguia terminar tudo. Deixei a academia e faz tempo que não caminho na orla, justamente por causa do cansaço. Mas quando chegava no final de semana, a última coisa que eu queria era ficar dormindo, sempre tinha assuntos domésticos ou pessoais para resolver, tinha vontade de andar por aí e encontrar os amigos para tomar uma taça de vinho, então eu tomava mais energéticos.

Red bull me deu asas, mas depois me derrubou do alto. A bebida disfarçava os sintomas da estafa e a minha imunidade ficou baixíssima. Resultado: fiquei doente de um monte de coisas de uma vez só, virose, anemia e até gastroenterite, que acabou me colocando numa cama de hospital. No primeiro dia eu não estava a fim de contar a ninguém para evitar preocupação à tôa. Mas é tão triste ficar no hospital sozinha, me senti a mais abandonada das criaturas.

Liguei para a minha mãe, e ela veio voando para cuidar de mim. Ela abdicou do farto almoço de comemoração ao Dia das Mães em família lá na minha terra para ficar comigo. Chorei tanto quando a vi comendo um sanduíche que havia comprado na lanchonete do hospital e nem presente eu tive tempo de comprar antes de ficar doente...

Quando voltei para casa, recebi um monte de recomendações médicas para evitar qualquer atividade que gerasse ansiedade. Acredita que ele me proibiu de navegar na internet?! Argumentei até que o médico falou: "viva menos virtualmente e viva mais realmente". Quando fiquei mais forte passei a fazer alguns passeios, tomar água de coco e ficar contemplando o mar. E voltei a navegar também, mas bem menos que antes. Fiz comentários em alguns blogs, mas não tinha muito o que escrever aqui. Como eu disse antes, minha vida ainda está suspensa.

Já estou bem melhor, mas ainda preciso ter cuidado com a alimentação por causa da anemia. Volto ao trabalho na segunda-feira e prometi a mim mesma que vouo desacelerar. Não vou cometer os mesmos erros que me deixaram de cama, não posso ser mais tão agregadora, tenho que aprender a dizer não quando tiver trabalho demais para cumprir. Não posso carregar o mundo inteiro em minhas costas, como eu vinha fazendo.

Ainda não respondi a nenhuma das mensagens me desejando melhoras, mas prometo que vou responder a todas nos próximos dias. Sintam-se todos abraçados por essa blogueira que ainda está meio doente, mas que promete não passar tanto tempo sem dar notícias.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Vida suspensa

Não tomei chá de sumiço, mas tenho mesmo passado muito tempo na cama - infelizmente não da "melhor" maneira, hehehe.

O estresse do trabalho suspendeu a minha vida por algumas semanas. A imunidade baixou e apareceu tudo que é doença de uma vez só, mas já estou melhorando.

Agora só dói quando eu rio, mas antes doía desde o fio de cabelo até a unha do mindinho do pé.

Daqui a alguns dias estou de volta, quando retomar minha vida.

sábado, 2 de maio de 2009

O amigo - II


Esse post é uma continuação do penúltimo, intitulado O amigo – I.

* * *

Deitados na cama, conversamos sobre tudo. Incrível o clima de intimidade que surgiu entre a gente, talvez maior ainda por não existir entre nós envolvimento emocional. Rimos do pornô fuleiro que estava passando no canal interno do motel, ele zoou do meu cabelo meio molhado e muito assanhado, eu tirei onda dos pés frios que ele tem e dissemos um monte de sinceridades que em outra ocasião não falaríamos.

P. acha que a minha relação com Diana nunca foi equilibrada. Ele contou que via as vezes que ela agia de determinada maneira apenas para me contrariar – eu nunca fui de carinhos efusivos em público com namorado nenhum e me sentia menos à vontade ainda para fazer isso junto dela – e falou ainda que ela se “divertia” com o poder que tinha sobre mim. Isso machucou, fiquei me sentindo uma criatura sem personalidade, mas de fato eu sempre agia como um cachorrinho perto de Diana, só longe dela é que me tornava eu.

A conversa foi longa, com direito à lágrimas de minha parte, não por saudades dela, mas por me sentir mais insignificante que sujeira varrida para debaixo do tapete. Ele veio me consolar e disse que fez tudo para não estragar a noite, mas que tinha conseguido naquela hora. Contou que quando a gente se encontrou no barzinho não esperava que a gente fosse acabar a noite em um motel. Falou que achava que eu iria desistir de transar com ele no último momento, por isso me agarrou daquela maneira para não dar chance que eu fizesse isso.

– Dar prazer à mulher para mim é essencial, o meu próprio prazer fica em segundo plano sempre. Mas com você a minha preocupação quanto a isso é ainda maior, porque quando uma mulher toca uma mulher, ela sabe o que está fazendo. O homem tem apenas uma idéia de como a mulher pode ser tocada, e vice-versa. Nossos corpos são diferentes, precisam de estímulos diferentes, é disso que estou falando. Como você já experimentou o toque de uma mulher, que é perfeito porque é igual a você, eu tinha medo que meu toque imperfeito não fosse capaz de lhe arrancar suspiros. (foi mais ou menos assim que ele falou, como já faz alguns dias, pode ser que eu não esteja sendo fiel, mas acho que dá para entender o que ele falou).

Pôxa vida, e eu querendo fazer um boquete... disse isso e ele respondeu que achava que a última coisa que eu iria querer era essa. kkkkkkk. Mas foi legal porque a essa hora fomos ficando mais animados, até que ele disse: - o menino é todo seu -. Ele nem precisava repetir...

Ele estava deitado na cama de barriga para cima e eu me posicionei de quatro em cima dele. Em vez de ir direto ao ponto, lambi e mordisquei a virilha. Com a língua, fiz o caminho do ossinho da bacia até as bolas, e daí passei para a parte interna das coxas. O pau já tava que tava, com uma gotinha brilhando na ponta. Comecei lambendo de baixo para cima, devagar, para deixá-lo impaciente mesmo. Só depois de um tempo introduzi o membro dele na minha boca, lentamente, para ele sentir as oscilações da minha língua.

Hum, fazia tempo que eu não sentia esse gosto em minha boca. Aquilo me deixou com um tesão... ainda mais ao vê-lo jogando a cabeça para trás enquanto gemia. Por alguns momentos, fiquei fora de mim. Minha boca babava e chupava como se tivesse vida própria. Daí lembrei que eu queria mais, parei alguns segundos e fiquei lambendo as bolas - pensei em descer um pouco mais, só que isso poderia assustar o garoto, e o clima estava tão bom!

Ele colocou a camisinha e deitou, colocando as mãos cruzadas atrás da cabeça. Fiquei de cócoras sobre o pau dele e metia com força. P. levantou a cabeça e ficava olhando seu pau desaparecer dentro da minha boceta. Apoiei os joelhos na cama e fiquei esfregando meus seios na cara dele, enquanto fodia só a cabecinha. Até que, impaciente, me segurou pela cintura e me empurrou com força de encontro ao seu cacete. Enquanto eu fazia o movimento de sobe-e-desce, ele me acariciava os seios. Eu batia uma siririca e não tardei em gozar a primeira vez.

Comecei então a movimentar o quadril para frente e para trás, e o atrito dos pêlos dele no meu clitoris tiveram um efeito fantástico, e em pouco tempo gozei novamente. Ele levantou e ficou de pé na beira da cama, levantou minhas pernas juntas e apoiou no ombro e começou a meter. Eu só fechei os olhos e me entreguei ao prazer.

Diferente de quando se bate uma siririca, que o orgasmo chega quase repentinamente, naquela hora eu sentia um prazer crescente, que vinha de dentro do meu íntimo e aumentava a cada estocada. Eu só conseguia pedir para ele ir mais rápido, até que senti uma explosão de orgasmo - não é exagero, a sensação foi realmente essa, de uma explosão. Depois que essa sensação passou, veio uma outra, de relaxamento e serenidade.

P. continuou a meter, mas pouco depois ele rapidamente tirou o cacete, arrancou a camisinha, e gozou nos meus peitos. Senti vontade de colher as gotas de semem com o dedo e levar à boca, para sentir o gosto e não sei porquê não fiz isso. Ele se jogou na cama ao meu lado, com respiração ofegante, e me beijou.